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Constipação nos idosos

Como tratar a constipação no idoso

O envelhecimento da população brasileira vem ocorrendo de forma acelerada. Como processo natural, o envelhecimento é dinâmico e irreversível e acarreta perdas progressivas da capacidade de adaptação ao meio ambiente e prejuízo na forma de se alimentar.

Esses fatores tornam o idoso mais vulnerável e aumentam a incidência de má nutrição e processos patológicos.

Apesar de experimentarmos constipação ocasional sem maiores consequências em qualquer idade, a constipação crônica requer atenção médica. Especialistas estimam que, de maneira geral, em torno de um terço das pessoas acima de 65 anos queixa-se de constipação1.

Normalmente, pode-se identificar o que causa a prisão de ventre, mas nem sempre é possível determinar a causa da constipação em idosos. Felizmente, sempre há maneiras de prevenir e tratar a constipação, mesmo quando se desconhece sua causa.

Sinais e sintomas da constipação em idosos

Idealmente, deve-se evacuar todos os dias, mas há pessoas que evacuam a cada 2 ou 3 dias e isto é perfeitamente normal. Além da diminuição do número de evacuações, é preciso ficar atento a dois ou mais dos sintomas abaixo:

  • Fezes duras e em caroços;
  • Esforço para evacuar;
  • Sensação de evacuação incompleta;
  • Sensação de que é preciso ‘ajudar’ as fezes a sair.

Outros sinais e sintomas associados à constipação incluem:

  • Inchaço;
  • Dor abdominal;
  • Sensação de saciedade;
  • Falta de apetite.

Se não tratada por longo tempo, a constipação pode levar a complicações, como compactação fecal. Ao permanecer no cólon por muito tempo, as fezes tornam-se duras e secas, impedindo completamente o trânsito intestinal; hemorroidas, o esforço para defecar pode resultar no inchaço das veias em torno do ânus e causar sangramentos; fissuras anais, fezes duras e grandes podem provocar cortes no ânus; prolapso retal, em casos graves, o esforço pode fazer com que o intestino seja projetado para fora. Converse com seu médico para garantir o diagnóstico correto da constipação.

Causas da constipação em idosos

Para lidar com a constipação crônica, todas as condições que podem estar causando o problema devem ser primeiramente diagnosticadas e tratadas adequadamente. Doenças como Parkinson, esclerose múltipla, diabetes, hipotireoidismo e tumores devem ser investigadas pelo seu médico de confiança.

Além disso, deve-se revisar todos os medicamentos para identificar e encontrar substitutos para aqueles que causam prisão de ventre. Muitos sedativos, antidepressivos, anti-histamínicos e diuréticos causam constipação.

Outras causas incluem menor ritmo de atividade física, desidratação e falta de ingestão suficiente de fibra alimentar, problemas que podem ser resolvidos facilmente com mudanças de estilo de vida e introdução de procedimentos e remédios caseiros para tratar a prisão de ventre em idosos.

Mudanças na dieta e estilo de vida

A melhor abordagem de tratamento para a constipação crônica que afeta os idosos é a mudança de dieta e estilo de vida, incorporando uma alimentação rica e variada, com boa quantidade de fibras. Não faça uso de laxantes osmóticos, estimulantes, lubrificantes e amaciantes de fezes sem orientação médica.

Seja fisicamente ativo e pratique exercícios todos os dias. O exercício aumenta a atividade muscular nos intestinos, acelerando a passagem das fezes. Além disso, exercícios como pilates ajudam a manter o tônus muscular, melhoram a coordenação e promovem a consciência corporal, importantes para coordenar os esfíncteres e preservar o assoalho pélvico, especialmente nas mulheres.

Beba bastante líquidos para evitar a desidratação, isso é fundamental para evitar que as fezes fiquem secas e duras. A orientação do SUS é o consumo de 2 a 3 litros de água por dia, evitando sucos de goiaba e maçã2.

Não ignore os movimentos intestinais: evitar a defecação torna as fezes mais secas e duras.

Aumente o consumo de fibras, elas ajudam a prevenir a constipação em idosos. A fibra aumenta o peso geral das fezes e acelera sua passagem através dos intestinos.

Evite alimentos processados e bebidas alcoólicas, cafeína, carne vermelha e chocolate. Introduza pães, farinhas, massas e arroz integrais, naturalmente ricos em fibras.

Recomenda-se que idosos consumam três porções ou mais de legumes e verduras diariamente, como brócolis, chicória, acelga, quiabo, espinafre, e leguminosas, como feijão, ervilha, lentilha e grão de bico, bem como sementes e oleaginosas, como semente de linhaça, amêndoa e castanhas, que também são boas fontes de fibras.

Recomenda-se a ingestão de três porções ou mais de frutas, em sobremesas ou lanches, diariamente. Coma-as com casca e bagaço e dê preferência para ameixa, mamão, manga, laranja, melancia, abacate, abacaxi e uva.

Ainda há o uso de medicamentos fitoterápicos à base de fibras para o tratamento da constipação, como Metamucil, composto da fibra solúvel de origem natural da casca do psyllium, que fornece 80 gramas de fibra solúvel para cada 100 g. Metamucil apresenta efeito laxante, sem os mesmos níveis de efeitos colaterais de outros laxantes, como dor e diarreia, auxiliando no tratamento da constipação intestinal.

Referências:
1Andrade, M.A. et al (2003) Assistência farmacêutica frente à obstipação intestinal no idoso. Infarma, 15(9-10): 64-69.
2Prefeitura Municipal de Campinas, Secretaria da Saúde. Orientação nutricional para obstipação. Sistema Único de Saúde, SUS/SP.
Como preparar Metamucil: copo e colherLaranjas
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